Não tenha cabides

Cabides podem ter sido uma grande invenção para pendurar roupas sem amassar e fingir que são ombros. Mas de forma conotativa, ter cabides não é legal – principalmente quando esses são cabides de empregos.

Com a aproximação das eleições, é comum ainda ouvir sobre o uso das instituições púbicas como forma de prover empregos, mas, apesar de isso impactar sobre todos nós, o nosso foco não é falar sobre o setor público, e sim das instituições privadas: as empresas.

Parece estranho falar de cabide de emprego nas empresas? Mas não é! E infelizmente às vezes a prática nem é percebida, e é muito usual em empresas familiares, onde familiares sem experiência, vocação ou aptidão ingressam nas empresas. O que pode ser uma solução para um parente que precisa de emprego se torna um verdadeiro pesadelo para o administrador.

Por isso, é essencial entender que família e empresa são núcleos diferentes, e que a última precisa de gestão e organização societária, porque sem essa definição a empresa e o relacionamento familiar está fadado ao insucesso.

Para evitar o famoso cabide de emprego as empresas familiares devem buscar a implementação da governança corporativa, a fim de especificar regras a toda instituição, protegendo de conflitos desnecessários que podem comprometer o bom funcionamento da empresa. Mas além disso, enaltecendo e garantindo a entrada de pessoas, seja parentes ou não, de forma justa e que acrescente capital intelectual condizente com os valores da empresa.

A governança corporativa não é apenas para empresas grandes, mas fundamental para empresas familiares de qualquer porte: só a partir dessa poderemos ter a preservação das atividades com tranquilidade e o respeito pela entidade.

 

Dra. Samanta Calegari

 

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