- Vocês (advogados) têm muita palavra técnica né?
- Sim... pensei comigo “como explicar que o juiz é incompetente?!”.
São palavras bem especificas do próprio curso.
- Pois é, vocês enrolam demais, ficam colocando um monte de palavra para aumentar o texto... como que fala isso?
- O que????? Como assim? – fiquei indignada.
- Sim, vocês usam aqueles termos técnicos só pra aumentar texto, como se fala isso?
Mas aí, apareceu a seguinte palavra: juridiquês!
E não pude julgar, afinal, quantos advogados ainda têm esse hábito?
Usam tantos termos arcaicos, parágrafos longos e expressões em latim - o que poderia ser resumido em apenas algumas linhas, de forma direta e objetiva.
É preciso entender que os contratos, normalmente, são direcionados a pessoas leigas que só querem terem a relação pré-estabelecida formalizada – apenas isso!
Em contrapartida, surgem iniciativas de romper esse modelo. E uma delas, sem sombra de dúvidas, é o livro de Novas Técnicas de Escrita Jurídica, do professor Thiago Calmon.
O que foi um alívio: logo após esse diálogo, em poucos dias, chegou no escritório esse livro e assim ofereceu um argumento contra a essa (má) fama da escrita jurídica – proporcionando escritas práticas e dinâmicas.
Dra. Samanta Calegari